Arquivo do blog

O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.

Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

Translate

terça-feira, 11 de junho de 2013

Enquanto a bola rola, o Marconi só enrola!

Gustavo Franceschini e Ricardo Perrone
Do UOL, em Goiânia 
 fonte: (http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/11/sindicatos-aproveitam-selecao-em-goiania-para-protestar-contra-governo.htm)

 
 
Aos gritos de "Marconi, bicheiro, devolve meu dinheiro", um grupo de cerca de 50 pessoas se reuniu, na tarde desta terça-feira, à frente do hotel da seleção brasileira, em Goiânia. O grupo reúne ao menos quatro entidades classistas e estudantes da UEG (Universidade Estadual de Goiás), que pedem reajuste salarial e investimento em educação ao governador do Estado, principal alvo dos protestos.

"Quando o governador gasta com seleção e deixa a universidade em condições precárias, ele mostra que só está preocupado com o espetáculo. A presença da seleção é uma contradição na cidade", Bernardo Cunha, professor da UEG. 

A reivindicação principal dos trabalhadores diz respeito ao Database, reajuste salarial anual que deveria ser liberado em maio. Segundo os sindicatos, o dinheiro não saiu e o Governo do Estado se recusa a negociar com os trabalhadores. Já os estudantes pedem que uma fatia maior do orçamento seja investida na universidade que, segundo eles, está sucateada. 

Diante disso, eles resolveram aproveitar a presença de parte da imprensa nacional na cidade para protestar diante do hotel da seleção, localizado em uma das avenidas mais movimentadas da cidade. 


O ato foi pacífico. Com faixas, gritos de guerra e alguns rojões, os sindicalistas gritaram palavras de ordem contra Marconi Perillo. O uso do termo "bicheiro" é uma referência à suposta ligação do governador com Carlos Cachoeira, bicheiro que chegou a ser preso por crime organizado e corrupção. 

Os letreiros exibidos diante do hotel fizeram alusão à Copa do Mundo. "Enquanto a bola rola, o Marconi só enrola", dizia um dos textos. "Saúde e educação, da Copa eu abro mão", gritavam os manifestantes em outro momento. 


Os sindicatos protestam também contra o investimento que o governo estadual fará na reforma da Serrinha, sede social do Goiás que recebeu apenas um treino da seleção. Como o UOL Esporte revelou na semana passada, Marconi Perillo alterou grande parte da lei do projeto Proesporte, que destina verba do ICMS para o setor, para poder investir R$ 2,5 milhões no clube local, sob o pretexto de que o novo gramado abrigaria Luiz Felipe Scolari e companhia. 

O protesto teve seu ápice na chegada do ônibus da seleção brasileira. Por trás dos vidros fechados e escuros do veículo, os jogadores mal tiveram contato com a manifestação e entraram direto no hotel. 


O ato foi organizado por estudantes da UEG, que está parcialmente em greve desde o fim de abril. Além do movimento "Mobiliza UEG", estiveram presentes ao menos quatro sindicatos: Sindipublico, Sindifisco (dos fiscais de arrecadação), Sindisaúde (dos profissionais de saúde) e a União Goiana de Policiais Civis e Associação de Cabos e Soldados, segundo . 

Só que o protesto não foi unânime. Na praça que fica em frente à concentração estavam os sindicalistas e estudantes, com faixas, rojões e palavras de ordem. Do outro, na calçada do hotel, as torcedoras fanáticas por Neymar e Lucas seguiam aos berros pelos jogadores, de costas para toda a movimentação. Quando um protestante perguntou "cadê você, Marconi?", um garoto logo emendou: "Ele não está aqui", dando o tom de contraste na situação. 


A reportagem consultou a assessoria de imprensa do governo estadual, que minimizou os protestos. O órgão diz que está em contato com os estudantes para encerrar a greve da UEG e admite que o reajusta do Database está atrasado. A explicação seria o aperto financeiro do Estado, que não teria aumentado os salários para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Um comentário:

  1. Acredito que essas manifestações são produtivas, entretanto, percebo que as pessoas que encabeçam esses movimentos que muitas vezes são atitudes exageradas (Como postar a greve da Universidade de São Paulo, deixando claramente o repúdio a determinado partido "PSDB"), sou acadêmica e sempre apoiei a liberdade de expressão, porém já me sinto prejudicada por esse "MOVIMENTO POLITICO DE ESQUERDA"!

    P.s: E já deixo claro, é MINHA OPINIÃO, respeite-a por favor

    ResponderExcluir